A Sociedade Farmacêutica Lusitana tinha inicialmente a denominação de Sociedade Farmacêutica de Lisboa. Criada oficialmente no dia 24 de julho de 1835 na botica do Hospital de S. José sendo constituída por um grupo de farmacêuticos envolvidos na petição que originou a suspensão do Físico-mor. Os seus primeiros dirigentes foram José Vicente Leitão (Presidente), José Dionísio Correia (1º Secretário) e António de Carvalho (2º Secretário).
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Os seus estatutos foram sancionados em 21 de janeiro de 1836 e a sua principal finalidade era “conduzir os progressos da pharmácia em toda a sua extenção, ao possível grão de apuro, e d’ella tirar os trancendentes socorros que pode ministrar à Saúde Pública; sendo seu objecto secundário, socorrer aqueles de seus membros, que á má sorte colloocar em situação digna dos officios phylantropicos, elles, suas viuvas, ou seus filhos.”
Sociedade Farmacêutica Lusitana
Ao longo dos anos desenvolveu diversas atividades:
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No campo científico e laboratorial, sobretudo através da análise de águas, drogas, medicamentos, géneros alimentares; desenvolveu estudos de farmácia, bromatologia, higiene, toxicologia e química aplicada.
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Participou ativamente na política profissional, influenciando a criação de legislação.
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Contribuiu para o desenvolvimento de reformas dos estudos universitários, para a criação em 1836 de Escolas de Farmácia anexas às Escolas Médico-Cirúrgicas e à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1902, para a promoção do curso a curso superior, com o advento da República, e em 1921 para a criação de Faculdades de Farmácia.
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Participou na reforma do exercício farmacêutico verificada com a organização sanitária de 1837 através da qual passaram a participar dois farmacêuticos no Conselho de Saúde Pública.
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Conseguiu em 1926 a instituição da Inspeção do Exercício Farmacêutico, junto da Direção Geral da Saúde.
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Produziu farmacopeias nacionais e códigos farmacêuticos.
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Promoveu a criação da Companhia Comercial Farmacêutica de Lisboa cujo objetivo era libertar o farmacêutico da ganância dos droguistas e assegurar a pureza dos produtos.
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Criação do Montepio Farmacêutico em 1838.
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Criação de uma biblioteca de especialidade farmacêutica de valor inestimável.
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Criação do Jornal da Sociedade Farmacêutica Lusitana.
Esta Sociedade era sediada em Lisboa e teve 38 sócios fundadores. Porém, rapidamente passou a ter sócios de diversos pontos do país e estrangeiro. O alcance da sua atividade pode ser averiguado através do Jornal da Sociedade Farmacêutica Lusitana que a Sociedade passou a publicar um ano após a sua criação.